sexta-feira, março 28, 2008

Cultura à sexta



Clássico dos clássicos, Casablanca, de 1942, junta no ecrã duas grandes estrelas do firmamento cinematográfico da época, o inimitável e talentosíssimo Humphrey Bogart e a beleza vinda do frio que era Ingrid Bergman, numa história de amor e guerra, que ninguém imaginou que se tornasse um dos mais marcantes filmes da história do cinema e, recorrentemente, presente nas listas dos melhores de sempre.

Curiosamente, e ao contrário de outros filmes clássicos, Casablanca não foi pensado como uma grande produção nem estava vocacionado para conquistar gerações e vencer o desafio do tempo! Filmado como outra qualquer produção de Hollywood, Casablanca não pretendia ser mais do que um dos filmes do ano de 1942, sobre a guerra e os seus efeitos na vida de pessoas comuns. Porém, logo na estreia, arrecadou o Oscar de Melhor Filme e, as time went by, tornou-se um mito do cinema e as suas personagens, música e até falas ícones de uma época dourada do Hollywood Quem não conhece «As time goes by»? Quantos visitantes de Casablanca não terão procurado, sem sucesso, o mítico Rick's Café (que nunca existiu)? Quem nunca ouviu a frase «We will always have Paris» ou quem não repetiu a deixa tão caraterística de Rick «Here's looking at you kid!». Enfim, quem não pensa, de imediato, no Captain Renault quando imagina o regime de Vichy e o associa à frase «I think this is the beginning of a beautiful friendship».

Por algum motivo, que não sabemos determinar ao certo, mas que passa necessariamente pela sua qualidade enquanto filme e pela grandeza das personagens, Casablanca é um mito do cinema e considerado como o mais romântico filme de sempre, imitado não poucas vezes, mas dificilmente suplantado. Casablanca sobreviveu à guerra, ao tempo e até à "criminosa" tentativa de lhe dar cor! Resistiu e resiste, conquistando gerações de admiradores que, sistematicamente, lhe rendem homenagem, como fez, recentemente, Steven Soderbergh com o seu «The Good German», um filme que é todo ele a evocação de Casablanca e o elogio das técnicas usadas ao filmá-lo.

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