domingo, abril 15, 2007

Sobre as eleições no CDS (em particular sobre a campanha)

Em pleno período de campanha interna para a liderança do CDS, os militantes são chamados a escolher entre dois modos de fazer política e duas visões de partido.

Por mim, não tenho nenhuma dúvida do candidato em que irei votar no dia 21: votarei naquele que me fez entrar no CDS, aquele que acompanhei, entusiasticamente, desde o meu primeiro dia de militância, aquele com quem trabalhei e aprendi muito, aquele que me fez acreditar que fazer política, além de ter ideias e defende-las, além de definir metas e cumpri-las, é também saber ser leal, honesto, frontal e corajoso. Claramente que esse candidato é Paulo Portas. Porém, esta escolha, em tudo natural e coerente com aquilo que sempre defendi, não deixa de se tornar cada dia mais clara, mais firme e mais óbvia, com o avançar da campanha interna.

Por um lado, temos um candidato que fala aos portugueses sobre os problemas do país: saúde, emprego, poder de compra, qualidade de vida, política fiscal, ciência, cultura, ambiente, e de tantos outros assuntos que dizem respeito ao país real que não se interessa pelo "diz-que-disse das comadres". Um candidato que identifica o adversário (o Primeiro Ministro), que aponta o rumo (autonomia estratégica e oposição firme e credível), que traça um objectivo (abrir o Partido, unir, integrar e crescer) e que define um propósito (ser alternativa ao PS e ao PSD pelo mérito do nosso trabalho e das nossas provas dadas).

Por outro lado, temos um outro candidato que opta por falar para dentro do partido, ferindo, desunindo, caluniando e transformando em anedota situações por demais graves para merecerem tal tratamento. Um candidato cujos temas de que fala são o andor, a indigência de ideias, a intriga, o assalto ao poder, a chantagem, a plasticina, o kit desmontável entre outros que tanto dizem aos Portugueses. Para este candidato o adversário é Paulo Portas, o rumo é a crítica feroz, o objectivo é derrotá-lo e o propósito é levar a cabo uma eficaz política de terra queimada.

Mas, ao contrário do que podem pretender aqueles que discordam desta análise, esta minha posição não se deve a uma qualquer pré-disposição para apoiar Paulo Portas, (que existe e que eu nunca escondi), mas a uma análise fria e objectiva da campanha. Mais, se dúvidas houver, basta ler estas duas notícias (esta e esta) e perceber o que digo (e até são do Público, jornal que não pode ser acusado de ser pró-Portas) quando falo do candidato com discurso para o país e do candidato com discurso de comadre.

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